A usina maremotriz de La Rance utiliza a diferença entre a maré baixa e a maré alta em um estuário

A usina maremotriz de La Rance utiliza a diferença entre a maré baixa e a maré alta em um estuário
A usina maremotriz de La Rance utiliza a diferença entre a maré baixa e a maré alta em um estuário na costa atlântica da França. Turbinas bidirecionais especiais geram um máximo de 240 megawatts, que equivale a 4% de toda a energia consumida na província francesa da Bretanha.

segunda-feira, 18 de março de 2013

Funcionamento de uma central de aproveitamento da energia cinética das marés.


Aspectos Ambientais Este tipo de energia, é uma energia limpa e renovável contribuindo para a redução das emissões dos gazes de efeito de estufa, reduzindo a poluição no ar, da água, do solo e da biosfera limitando os riscos de acidentes. No entanto podem ter outro tipo de impactos que serão abordados nesta alínea. Como foi referido, a energia das marés constitui uma solução, a longo prazo, como fonte de produção de electricidade. Por exemplo, caso o projecto da barragem Severn (existem diversas hipóteses de localização entre a costa de Inglaterra e Gales) avancem para a construção efectiva, esta barragem foi projectada de modo a reduzir 18 milhões de toneladas de carvão por ano. Diminui-se assim a produção de gases com efeito de estufa para a atmosfera. Numa perspectiva a curto prazo, o impacto ambiental associado a este tipo de central seria na transformação do ecossistema, ou seja, na transformação da Fauna e Flora existente. Quando é aproveitada a energia potencial, são construídos diques, barragens ou reservatórios de forma a reter a água, travando assim o seu movimento e consequentemente, de forma infinitesimal, a Terra. Pelas leis da física, as consequências desta desaceleração da Terra acarreta uma aceleração e afastamento da Lua também de forma infinitesimal (relativamente a sua distância à Terra). De qualquer modo, este efeito já existia, o aproveitamento da energia potencial das marés só veio aumentar a "travagem" da Terra. Os efeitos climatéricos associados a este efeito não foram até a data muito aprofundados, no entanto, qualitativamente, sabe-se que:
- Diminuiria a velocidade do ciclo térmico terrestre, isto é, períodos diurnos quentes e nocturnos frios;
- Aumentaria o espaçamento de temperatura entre os dias e as noites, tendo como consequências o aumento dos movimentos atmosféricos (tempestades….
Quanto ao aproveitamento da energia cinética (correntes marítimas), cujo este é feito através de turbinas subaquáticas não tem impacto ambiental significativo, por exemplo, são projectadas de forma a expulsar qualquer animal marinho que se aproxime do rotor.
Aspectos Socioeconómicos Esta energia torna-se duma forma global, num panorama socioeconómico positivo. Este mercado "novo" torna-se interessante neste aspecto visto que surgem postos de trabalhos, desde a investigação e desenvolvimento até a construção, operação e manutenção das respectivas centrais.
Tal como já foi referido, um empreendimento de grande escala como uma central de energia das marés trará, obviamente, benefícios numa dimensão económico-social para a
comunidade onde se inserir. Como exemplo, refira-se algo que já foi abordado anteriormente. A central de La Rance, o único projecto com dimensão comercial, até ao momento, em todo o mundo, permitiu realizar uma travessia rodoviária entre duas povoações isoladas. Por outro lado, este tipo de projecto poderá contribuir para estimular a economia nacional, criando postos de trabalho nas áreas da prestação de serviços, entre outras, desde que para isso se recorra, na medida do possível, ao tecido empresarial português para a sua realização. Esta importante contribuição verificou-se na prática, em França, na central de La Rance, onde existiu um substancial aumento da actividade dos sectores das matérias-primas, dos transportes e prestação de serviços, desde que se iniciou a sua implementação até à actualidade. Quando uma central de energia das marés se localiza no estuário de um rio, outro aspecto importante a salientar neste capítulo relaciona-se com a necessidade de estudos efectivos sobre o impacto no trânsito marítimo, que em muitos rios é considerável e extremamente importante para a economia local, nomeadamente, quando existem portos marítimos. Referindo mais especificamente o caso da energia potencial das marés (por barragens), estas podem revelar-se como atractivas num ponto de vista turístico, aproveitando também para actividades náuticas, ou seja, novos postos de trabalhos. Para os pescadores, é difícil adaptarem-se as circulações de água impostas pelo fecho e abertura das "escotilhas" visto que estes actuavam com a hora do mar, tornando este ponto negativo para este tipo de aproveitamento.
Aspectos Económicos
Os projectos ligados a este tipo de energia requerem, normalmente, pela sua complexidade, elevado capital de investimento, bem como a sua construção é bastante demorada. O período de retorno do investimento feito é também bastante longo. Consequentemente, a electricidade produzida a partir das marés tem um preço elevado, sendo que aqui assume um papel muito importante o sistema de financiamento público utilizado. É notório que a utilização desta forma de energia renovável é altamente improvável, pela sua inviabilidade económica, a menos que exista intervenção do sector público. Nomeadamente, em mercados de electricidade desregulados, baseados no investimento privado, a energia das marés não é, no momento e na maioria dos casos, competitiva dado que o seu custo efectivo é, ainda, bastante superior a outras energias renováveis, sendo o desenvolvimento de tecnologias que permitam a diminuição do preço do kWh produzido através da energia das marés um dos maiores desafios para o futuro próximo. A construção de uma central deste tipo varia obviamente consoante o tipo de energia que se quer aproveitar. No caso da energia potencial, o preço da construção varia de lugar para lugar devido a mão-de-obra e disponibilidade do material.


  •  Energia potencial (tipo barragens): o Aproveitamento que necessita de uma costa apropriada para a construção do respectivo reservatório; o Para que este sistema funcione bem são necessárias marés e correntes fortes; o Tem que haver um aumento do nível da água pelo menos 5,5 metros da maré baixa para a maré alta;
  •  Energia cinética (turbinas subaquáticas): Necessita de uma velocidade mínima da corrente, cerca de 1 m/s variando com a tecnologia; o Restringida a sítios com correntes fortes, normalmente em profundidades baixas, ou seja, na maioria dos casos na proximidade das costas. o Estrutura robusta, relativamente pequena e que necessita de pouca manutenção.

Existem diversas maneiras de se aproveitar a energia proveniente dos oceanos. Assim como a que se origina dos ventos e do sol, a energia vinda das águas dos oceanos - por meio da energia térmica e da energia contida no fluxo das marés, nas correntes marítimas e nas ondas - é classificada como limpa e auto-sustentável.
A energia maremotriz é uma forma de produção de energia proveniente da movimentação das águas dos oceanos, por meio da utilização da energia contida no movimento de massas de água devido às marés. Dois tipos de energia maremotriz podem ser obtidas: energia cinética das correntes devido às marés; e energia potencial pela diferença de altura entre as marés alta e baixa.
O sistema de maremotriz é aquele que aproveita o movimento regular de fluxo do nível do mar (elevação e abaixamento). Funciona de forma semelhante a uma hidrelétrica: uma barragem é construída, formando-se um reservatório junto ao mar; quando a maré enche, a água entra e fica armazenada no reservatório, e, quando baixa, a água sai, movimentando uma turbina diretamente ligada a um sistema de conversão, gerando assim eletricidade.
A primeira usina maremotriz do mundo foi construída em La Rance, na França, em 1966. Hoje, essa forma de geração de energia é utilizada principalmente no Japão, na Inglaterra e no Havaí - mas há usinas maremotrizes em construção ou em fase de planejamento no Canadá, no México, no Reino Unido, nos EUA, na Argentina, na Austrália, na Índia, na Coréia e na Rússia.
Para a implementação desse sistema, é necessária uma situação geográfica favorável e uma amplitude de maré relativamente grande, que varia de local para local. O Brasil apresenta condições favoráveis à implementação desse sistema em locais como o litoral maranhense, em que a amplitude dos níveis das marés chega a oito metros. Os estados do Pará e do Amapá também apresentam condições favoráveis. Apesar disso ainda não há nenhuma usina maremotriz no Brasil.
A utilização deste tipo de energia poderá ser uma opção para um futuro bem próximo, porém devem ser levados em conta, neste tipo de empreendimento, os possíveis impactos ambientais associados à construção das usinas, além da necessidade de análise econômica da viabilidade do sistema.

Energia das Marés

Energia das Marés A energia das marés, também chamada de energia maremotriz, é uma energia renovável e limpa. O fenómeno de maré tal como já foi referido, deve-se às interacções gravitacionais entre a Terra e outros astros (principalmente a Lua e o Sol). Traduz-se pelas variações periódicas do nível do mar associadas às correntes. A energia correspondente pode ser captada sob duas formas:
  • Energia potencial – pelas variações do nível do mar;
  •  Energia cinética – pelas correntes marítimas.
Em resumo, a energia das marés, resulta da rotação da Terra no seio dos campos gravitacionais da Lua e do Sol, isto é, baseia-se na recuperação da energia cinética da Terra.
Energia Potencial Este tipo de aproveitamento da energia das marés é obtido através da construção de diques e reservatórios. Duma maneira muito simples, quando a maré sobe, a água enche o reservatório passando através duma turbina (tipo bulbo) produzindo energia eléctrica. Quando a maré desce, o reservatório é esvaziado, a água sai do reservatório passando novamente pela turbina (em sentido contrário), produzindo novamente energia eléctrica. Energia Cinética Este tipo de aproveitamento corresponde essencialmente a exploração da energia cinética associada às massas de água movidas pelas correntes marítimas. A técnica utilizada, de uma forma geral, pode ser definida como uma eólica submarina tendo aproximadamente os mesmos princípios bases de funcionamento à diferença que estas utilizam a água para serem movidas.

segunda-feira, 4 de março de 2013


A utilização da força das ondas e das marés poderá vir a ser uma das melhores formas de produzir energias limpas.

Energia Maremotriz


Existem diversas maneiras de se aproveitar a energia proveniente dos oceanos. Assim como a que se origina dos ventos e do sol, a energia vinda das águas dos oceanos - por meio da energia térmica e da energia contida no fluxo das marés, nas correntes marítimas e nas ondas - é classificada como limpa e auto-sustentável.

A energia maremotriz é uma forma de produção de energia proveniente da movimentação das águas dos oceanos, por meio da utilização da energia contida no movimento de massas de água devido às marés. Dois tipos de energia maremotriz podem ser obtidas: energia cinética das correntes devido às marés; e energia potencial pela diferença de altura entre as marés alta e baixa.



O sistema de maremotriz é aquele que aproveita o movimento regular de fluxo do nível do mar (elevação e abaixamento). Funciona de forma semelhante a uma hidrelétrica: uma barragem é construída, formando-se um reservatório junto ao mar; quando a maré enche, a água entra e fica armazenada no reservatório, e, quando baixa, a água sai, movimentando uma turbina diretamente ligada a um sistema de conversão, gerando assim eletricidade.

A primeira usina maremotriz do mundo foi construída em La Rance, na França, em 1966. Hoje, essa forma de geração de energia é utilizada principalmente no Japão, na Inglaterra e no Havaí - mas há usinas maremotrizes em construção ou em fase de planejamento no Canadá, no México, no Reino Unido, nos EUA, na Argentina, na Austrália, na Índia, na Coréia e na Rússia.

Para a implementação desse sistema, é necessária uma situação geográfica favorável e uma amplitude de maré relativamente grande, que varia de local para local. O Brasil apresenta condições favoráveis à implementação desse sistema em locais como o litoral maranhense, em que a amplitude dos níveis das marés chega a oito metros. Os estados do Pará e do Amapá também apresentam condições favoráveis. Apesar disso ainda não há nenhuma usina maremotriz no Brasil.



A utilização deste tipo de energia poderá ser uma opção para um futuro bem próximo, porém devem ser levados em conta, neste tipo de empreendimento, os possíveis impactos ambientais associados à construção das usinas, além da necessidade de análise econômica da viabilidade do sistema.